26 e 27/12/2024: GREVE DOS TRABALHADORES DA SILOPOR

ATAQUES AO DIREITO À GREVE NA SILOPOR INSPECCIONADOS PELA ACT!

 

A Silopor substituiu trabalhadores em greve por trabalhadores de uma empresa prestadora de serviços na carga dos camiões nos dois dias de greve convocados pelo CESP — mas no segundo a ACT esteve presente no local, por denúncia do CESP. Além dos ataques ao direito à greve, a ACT também verificou a necessidade de fazer reparações urgentes para garantir a segurança dos trabalhadores.

 

A Silopor é uma empresa estratégica para o país, armazena mais de 58% do cereal consumido em Portugal, sendo fundamental para o controlo de preços nas indústrias das rações e da panificação. Exigimos ser ouvidos pelo Governo sobre o futuro da empresa e a recuperação do tempo de serviço congelado no período da troika! Exigimos do Governo a garantia da manutenção do Acordo de Empresa a todos os trabalhadores.

 

O CESP considera a revogação do Decreto-lei 188/2001, que colocou a Silopor em liquidação a melhor solução, visto que a dívida está saldada, prolongando em simultâneo o contrato de concessão para os 75 anos, à semelhança do que está a acontecer com outras empresas que operam nos portos do País.

 

Contudo, o Governo não só rejeita ouvir os trabalhadores da Silopor e reunir com o seu Sindicato, o CESP, como ataca o nosso direito à greve! Nestes dois dias, os trabalhadores contratados para a limpeza e manutenção pela empresa prestadora de serviços WSP fizeram a carga dos camiões, substituindo os seus colegas em greve!

 

Apesar destes ataques, nestes dois dias de greve não foi descarregado qualquer navio, estando o Silo do Beato fechado durante a totalidade da greve e o Silo da Trafaria carregou menos de 25% das cargas previstas para estes 2 dias.

 

Os trabalhadores decidiram realizar novo Plenário a 2 de Janeiro, para tomar decisões sobre a continuação da luta.

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